Plantar, regar, crescer e colher!



É inegável que o desenvolvimento do ser humano acontece cada dia mais cedo. Nossas crianças são bombardeadas com todo tipo de informação possível vindas de todos os lados possíveis, informações que na grande maioria das vezes não passam por nenhum tipo de filtro antes que cheguem aos seus ouvidos. E também, na grande maioria das vezes, essas informações não são as informações apropriadas para serem recebidas por uma criança naquele momento de sua vida. Muito provavelmente isso se dê por consequência ao mundo contemporâneo e àquilo que ele cobra que nós sejamos, façamos e incentivamos desde tão cedo nossas crianças. E como se não bastasse, existe também a responsabilidade dos pais que submetem seus filhos aos aparelhos eletrônicos, desenhos, jogos, etc., para “distrair” a atenção deles. O mundo tecnológico vem crescendo assustadoramente, fazendo despertar em nós o anseio por conhecer essas ideias cada vez mais cedo. 

É preciso lembrar que crianças pequenas aprendem por meio da interação com pessoas e coisas; logo, elas precisam ter uma gama de estímulos que requeiram o uso de todas as competências envolvidas. As capacidades motoras, as interações verbais, o tato, a visão, o paladar e o olfato devem estar integrados nas experiências com seu ambiente. Estas, aliadas à socialização, são fundamentais para um crescimento saudável. Para uma criança pequena, convívio social, com brincadeiras criativas e atividades manuais, é o cerne do aprendizado. Brincando, ela aprende acerca das coisas e das pessoas, bem como sobre ela mesma, na medida em que vai se surpreendendo com suas habilidades. (BARROS, 2017) 

Gálatas 6:8-10

8.Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna.
9.E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos.
10.Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé.

Em meio a essa questão, trazemos à tona o texto de Gálatas 6:8-10 para nos fazer entender sobre o caráter de Cristo em nós. O texto começa se referindo à nossa forma de semear, aquilo que plantamos, colhemos. Se semearmos para a carne, da própria carne colheremos destruição. Mas o que seria semear para a carne e colher destruição dela mesma? Interessante salientarmos o significado da palavra “carne” aqui utilizada para que possamos entender qual é a mensagem a se passar. A palavra “carne” originalmente se refere a natureza física das pessoas, sujeita ao sofrimento, e com o desejo ardente de pecar. Temos a tendência de sempre inclinarmos as nossas vontades para as práticas do pecado, a nossa natureza está ligada ao pecado, por isso temos essa inclinação de semearmos aquilo que é bom para a nossa carne. Porém, como salvos em Cristo e conhecedores da Sua Palavra, precisamos entender que o que vivemos aqui é passageiro, mudar nossa mentalidade para ser cada vez mais parecida com a de Cristo.

Continuando no versículo 9, somos incentivados pelo apóstolo Paulo a seguirmos fazendo o que é bom, praticando o bem, aquilo que é agradável aos olhos do Senhor. Tendo por recompensa a colheita, no tempo certo, aquilo que vem de Deus e é eterno. Porém, há uma ressalva, colheremos se não desanimarmos, se nos mantivermos firmes e constantes em fazer aquilo que está diante do Pai para ser feito. 

Isso nos ensina uma preciosa lição: O avanço na direção do alvo, a prática incansável do bem, não pode ser mera realização humana. Tal caminho e por demais íngreme e acidentado para o homem. Por conseguinte, aprendemos que tal feito e fruto do Espirito de Deus. A vontade humana precisa cooperar, mas a derrota é certa, a menos que o homem seja influenciado pelo Espirito Santo. Por isso mesmo, tal obra deve ser realizada ≪no Senhor≫. E o agricultor é sustentado através do pensamento constante de que, por fim, obterá uma colheita agradável e abundante. Paulo ensina-nos que precisamos olhar para a eternidade, se quisermos cumprir a nossa tarefa neste mundo. O ato de ≪olhar para a eternidade≫ é produzido pela influência do Espirito Santo, o qual nos ensina a termos tal atitude. (CHAMPLIM, 2006, p. 522) 

O contexto se encerra nos alertando para que enquanto tivermos tempo, que façamos o bem para a todos. Principalmente para aqueles que são da família da fé. Ou seja, temos uma responsabilidade ainda maior com àqueles que estão próximos a nós, precisamos estar sempre dispostos e bem-intencionados para com essas pessoas, para que sejam tocados pelo mesmo Espírito através de nós.

A partir do momento em que nós entendemos essas coisas e que essa mudança em nosso caráter acontece, passaremos a nos importar com isso olhando para o nosso próximo desde a sua infância. No livro de Provérbios 22:6, somos aconselhados a instruir a criança no caminho ao qual ela deve andar, para que com o passar dos dias ela não se desvie dele. Portanto, cabe a nós como cristãos e conhecedores destas coisas, plantarmos uma semente no coração de cada criança, dia após dia regar essa semente através da própria Palavra, para que ela cresça e passe a reproduzir o mesmo ciclo com outras e outras. É responsabilidade nossa incentivar o desenvolvimento e o caráter cristão de nossas crianças.

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