(IN)TOLERÂNCIA RELIGIOSA
No Brasil ainda somos privilegiados com a chance de termos a liberdade de poder expressar a nossa fé aonde nós estivermos, podemos falar livremente e de forma clara acerca da fé que professamos. Em países do Oriente Médio por exemplo, essa mesma teoria não pode ser aplicada. Constantemente vemos e ouvimos histórias de pessoas que foram descobertas e tiveram as suas vidas tiradas de forma extremamente violenta pelo simples fato de não professarem e não partilharem da mesma fé e do mesmo espírito que ali seja cultuado. Porém, apesar de ainda termos no Brasil essa liberdade, precisamos ainda fazer algumas ressalvas, pois essa liberdade em diversas vezes acaba sendo invadida, não há a aceitação e o respeito que é devido para lidar com pessoas com ideias distintas das nossas, inclusive em relação a Igreja Evangélica para com pessoas que não são adeptas ao Cristianismo.
“A intolerância
religiosa é
o ato de discriminar, ofender e
rechaçar religiões, liturgias e cultos,
ou ofender, discriminar, agredir pessoas por conta de suas práticas
religiosas e crenças. A intolerância religiosa está marcada na
história da humanidade, principalmente porque, no passado, era comum
o estabelecimento de pactos entre as religiões, em especial as
institucionalizadas, como o cristianismo, e os governos.
A religião foi
um meio de demarcar o poder político e controlar a população.
Houve, inclusive, um período em que os cristãos foram perseguidos e
criminalizados no Império Romano. Hoje, o pensamento republicano e,
em especial, a democracia impedem
que, ao menos teoricamente, exista um vínculo direto entre Estado e
religião, formando o que chamamos de Estado
laico.”
(BRASIL ESCOLA, 2019).
Mateus
19:16-23
16.
Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: "Mestre,
que farei de bom para ter a vida eterna? "
17.
Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me pergunta sobre o que é
bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça
aos mandamentos".
18.
"Quais? ", perguntou ele. Jesus respondeu: " ‘Não
matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso
testemunho,
19.
honra teu pai e tua mãe’ e ‘amarás o teu próximo como a ti
mesmo’".
20.
Disse-lhe o jovem: "A tudo isso tenho obedecido. O que me falta
ainda? "
21.
Jesus respondeu: "Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus
bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu.
Depois, venha e siga-me".
22.
Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas
riquezas.
23.
Então Jesus disse aos discípulos: "Digo-lhes a verdade:
Dificilmente um rico entrará no Reino dos céus.
Nos três primeiros versículos vemos que existe um anseio no coração deste jovem de poder alcançar a dádiva de ter a vida eterna ao lado de Deus. Ele questiona a Jesus sobre o que ele deveria fazer de bom, como deveria proceder para conquistar esta dádiva de ter a vida eterna. Mas então, o que seria bom aos olhos de Jesus para que levasse esse jovem a conquistar a salvação eterna?
De maneira bem clara e enfática, Jesus continua seu diálogo com este jovem lhe apresentando a maneira para que ele alcance àquilo que ele estava buscando. Havia apenas uma forma e esta seria que Ele guardasse e seguisse os mandamentos. E tendo dúvidas o jovem questionou sobre quais eram esses mandamentos, e então, Jesus cita um a um para que ele entenda.
Não
é impossível que, segundo a compreensão que aquele homem tinha
sobre as exigências da lei, ele tivesse realmente observado tudo:
mas ninguém pode crer que essa observação reflita uma obediência
perfeita a lei dos mandamentos, de conformidade com a interpretação
cristã. Jesus faz com que a observância perfeita da lei dependa da
atitude mental, da intenção do coração e não somente da prática.
Na literatura judaica, fica-se sabendo que os judeus (pelo menos
alguns de seus autores) pensavam que homens tais como Moisés, Samuel
e outros, observaram a lei com perfeição, e essa verdade ilustra
que os judeus não achavam que era impossível guardar a lei com todo
o rigor. As palavras daquele homem. ≪Tudo isso tenho
observado≫, subentendem que ele pensava que sua observância da
lei era perfeita. (CHAMPLIM, 2006 , p. 488).
Fato
é que, este jovem ao ouvir de Jesus que ele precisara “apenas”
seguir os mandamentos para que fosse salvo, prontamente disse que
isso ele já cumprira de forma integral. Desta maneira, Jesus mostra
para aquele jovem qual seria o verdadeiro sentido de se observar
todos os mandamentos, e que era algo para ser sentido e vivido
fielmente além das palavras e práticas. Conhecedor de todas as
coisas, Jesus sabia que em seu coração, aquele jovem estava
totalmente apegado às suas riquezas materiais, e sabendo disso,
Jesus propõe a ele que se o que ele queria era ser perfeito, que
vendesse tudo o que tinha e repartisse com os pobres. O versículo
22 diz que ao ouvir isso, o jovem se retirou triste da
presença de Jesus porque possuía muitos bens. E Jesus, ao explanar
essa situação para os seus discípulos termina dizendo que
dificilmente um rico entrará no reino dos céus.
Jesus
simplesmente apresentou as condições necessárias para fazer aquilo
que o jovem queria fazer, Jesus expôs de maneira clara para que ele
entendesse qual era o sentido da vida cristã sendo sentida de
maneira fiel e verdadeira. Porém, apesar de toda a Sua grandeza,
soberania e poder, Jesus não impôs a Sua vontade sobre aquele
rapaz, não o obrigou a seguir o que Ele estava aconselhando naquele
momento, ele deu a liberdade de escolha e de posicionamento diante
daquela situação.
Aprendemos com Jesus que a decisão sempre foi e sempre será individual, nada daquilo que é para nós considerado o único caminho deve ser imposto sobre alguém. É importante, porém, que saibamos nos posicionar mediante às circunstâncias impostas pelo decorrer dos nossos dias. Respeitar o posicionamento e o direito de escolha do nosso próximo, não significa que devamos sucumbir aos nossos preceitos do que é bom, certo ou errado. É necessário que haja em nós um posicionamento firme e concreto de quem nós somos e de como somos. Porém sem jamais nos esquecermos que, como diz em João 16:18, é Ele quem convencerá do pecado, da justiça e do juízo.
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